
Comecei o primeiro dia do último mês do ano, feriado, a trabalhar (e muito), ainda a ter de terminar uma das tarefas de novembro. Conseguiu-se e é o que importa.
Ficaram várias "coisinhas" pendentes, veremos o que me reserva este mês.
Em termos de livros, o mês começa bem. Tive duas encomendas e uma delas acompanhada de Palavras Cruzadas Personalizadas. Viva!
Ah! Este será o último mês em que escreverei no Diário.
Enviei o formulário à pessoa que encomendou as Palavras Cruzadas Personalizadas, uma jovem de 25 anos. Na resposta fui brindado com algo que considero precioso:
"Bom dia, Paulo!
Espero que esteja bem!
Em primeiro lugar, quero dizer-lhe que adoro o seu trabalho para o Público, e estou muito ansiosa para receber o livro que encomendei! Os meus parabéns pelo excelente trabalho.
As palavras personalizadas serão um presente de todos os netos para o meu avô, que faz religiosamente as suas palavras cruzadas diariamente! O meu avô tem 88 anos e, todas as manhãs vai a pé até ao café, compra o Público e resolve as palavras cruzadas - é a rotina dele, faça chuva ou faça sol.
Durante este verão, ganhei também o “vício” (e que vício saudável!) de as fazer, e percebi que eram uma excelente forma de passar os intervalos do estudo para um exame de Direito para o qual estava a estudar. Gosto bastante das suas, pois aprendo sempre algo - seja um acontecimento das notícias do dia, seja uma palavra nova. Como tenho 25 anos, e passo o dia a ler textos pesados de Direito, a minha vontade de ler nos tempos de descanso acabou, infelizmente, por diminuir nos últimos anos - algo que sinto que teve impacto na qualidade do vocabulário que uso. As palavras cruzadas são uma excelente forma de voltar a ganhar destreza de vocabulário e enriquecer a minha linguagem!
Posto isto, dou-lhe de novo os meus parabéns e agradeço-lhe muito pelo trabalho que tem! Valorizo-o bastante!
Vou trocar ideias com os restantes netos, e irei preencher o formulário o mais brevemente possível.
Votos de uma excelente semana!"
Respondi-lhe e referi o que andava a fazer pelas escolas, onde tenho como mote "as palavras cruzadas fazem bem ao vocabulário e à ortografia". Na resposta:
"Sem dúvida alguma que ajudam imenso nesses aspetos! Até vou mais longe: ajudam-nos a recuperar palavras que, atualmente, são mais usadas em inglês (dou por mim, recorrentemente, a usar anglicismos - algo que, apesar de não ser problemático, é desnecessário); puxam pela nossa concentração e são um desafio, num momento em que andamos com cada vez menos capacidade de fazer uma tarefa até ao fim (pois estamos habituados a ter informação num milésimo de segundo com uma simples pesquisa).
Também dão origem a ótimos momentos de grupo! Dou por mim a passar um almoço inteiro a discutir com os meus pais uma certa palavra, ou a mobilizar dez amigos na praia para descobrir o que colocar linha oito.
Sim, o livro é para mim! Vai ser o derradeiro desafio (até porque ainda me considero principiante nisto), mas estou muito entusiasmada!"
Estes relatos tinham de ser publicados. As palavras cruzadas rejuvenesceram. Ponto.
Tenho uma das melhores profissões do mundo.
Até amanhã!
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