Diário do Centenário das Palavras Cruzadas em Portugal (2025) – Setembro

Dia 1

Iniciámos um novo mês e, em breve, um novo ano escolar. As coisas vão animar.

Antes da animação, a "lamentação".

Hoje escrevi a seguinte nota no Facebook:

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Vamos ter uma "conversa" séria. Séria, mesmo. Não é um lamento, é um alerta.

Como já disse, os livros que eu tenho à venda no site têm servido, exclusivamente, para suportar o site e, assim que possível, lançar novos livros, de modo a continuar o ciclo.

Em agosto não vendi livros. Nem um. Zero.

O site continuou a ter despesas.

Como também alguns saberão, principalmente quem compra os livros, não estou nisto sozinho. Caso não tivesse o meu primeiro amigo de infância, o Rui, a ajudar-me, muito possivelmente, não existiria o site de palavras cruzadas que é uma referência e já apelidado de "Paraíso para cruzadistas".

O Rui ontem enviou-me uma mensagem. Estava preocupado. Diria mais, estava triste. O Rui quer o melhor para mim.

Também estou preocupado, claro.

Se eu não vender livros, o site dificilmente poderá continuar.

Não estou a ser dramático, estou a ser realista.

Mudemos o tom do discurso.

Este ano, o site completa 10 anos, daqui a um mês, no dia do meu aniversário.

Dado que o site recebe visitas anuais na ordem dos 100 mil utilizadores - no ano passado recebeu mais de 160 mil - estaremos a falar de mais de um milhão de utilizadores. Obviamente, nem todos voltam. O mundo não é perfeito, muito longe disso, mas o número de utilizadores que voltam frequentemente, na teoria, daria para que se vendessem 1000 livros num ano. Não é isso que acontece. Demoro cerca de três anos a vender 1000 livros.

Do meu livro mais recente, o "100 Sem Repetir", lançado no Natal de 2022, restam cerca de 170 livros. Lá está, três anos. Espero esgotar esta primeira edição este ano.

Perguntam-me muitas vezes: "para quando um novo livro?". A resposta só pode ser uma: "quando vender este".

Espero então regressar às vendas este mês.

Estamos no Centenário das Palavras Cruzadas em Portugal. Deveria haver um livro de palavras cruzadas em todas as casas portuguesas.

Dito isto, passem pela loja do site e toca a apoiar as palavras cruzadas.

Obrigado a quem já comprou livros. Obrigado a quem vai comprar um livro depois de ter lido esta chamada de atenção.

Caso nunca tenham visitado o site, passem por lá e experimentem fazer as palavras cruzadas que publiquei ontem, dedicadas a Sérgio Godinho (acho que ficaram giras).

(fim da nota)

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Pela primeira vez não vendi um único livro durante um mês. Poderão dizer que é um mês de férias. Certo. Por sinal, o site até é mais utilizado nas escolas. Pode explicar, em parte. O Rui culpa a IA. A IA está a tirar (muitas) visitas aos sites, mas, neste caso, têm de vir ao site para fazer as palavras cruzadas online (também não creio que seja essa a explicação).

Esperemos que tenha sido apenas uma primeira vez e que este mês as coisas voltem ao "normal"...

Quanto aos doces.

Hoje era o dia em que, depois de um mês de abstinência, comeria um doce. Não comi. Não comi e nem penso nisso. Sinto-me bem sem comer doces. Para já, deixo os doces para dias especiais (se os comer). Vou deixar de falar sobre este tema por aqui. Sigamos! (de preferência, sem doces)

Se no fim de semana trabalhei bastante, hoje trabalhei pouquinho, para equilibrar.

A minha mãe diz que a Balança está em primeiro lugar (que está com energia, o que será muito bom em termos financeiros). Pois bem, que assim seja.

Até amanhã!